

Essas mensagens que percorrem os neurônios são chamadas de impulsos nervosos. Os impulsos nervosos são mudanças de cargas elétricas que percorrem o neurônio a uma velocidade que pode chegar a 120 metros por segundo.
Quando o impulso nervoso chega à ponta do axônio, ocorre um fenômeno químico: pequenas bolhas microscópicas se abrem e despejam substâncias químicas no neurônio seguinte. Essas substâncias provocam mudanças elétricas no outro neurônio, que passa a conduzir um novo impulso nervoso. E, dessa forma, o impulso passa de um neurônio a outro muito rapidamente - demora cerca de um milésimo de segundo.
É também dessa forma que o neurônio estimula um músculo, permitindo, por exemplo, que uma pessoa estique ou dobre o braço. Além disso, estimula uma glândula, levando, por exemplo, o organismo a suar ou lançar enzimas digestivas no intestino.
A região de contato entre dois neurônios é chamada de sinapse; as substâncias químicas que transmitem as mensagens de um neurônio a outro pela sinapse são chamadas de mensageiros químicos ou neurotransmissores. Na sinapse há um espaço entre os neurônios.
Em muitas doenças do sistema nervoso, a quantidade desses mensageiros fica alterada. O consumo habitual de drogas, como a cocaína, o tabaco e a maconha, também altera a passagem do impulso nervoso pela sinapse.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
As mensagens recolhidas pelas órgãos dos sentidos são levadas por nervos ao sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinal. No sistema nervoso central são feitas conexões entre os neurônios, e através dos nervos é enviada uma mensagem para os músculos ou glândulas. O conjunto de nervos que recebe mensagens e leva as respostas é chamado de sistema nervoso periférico (SNP)
O sistema nervoso central é protegido por ossos (crânio e coluna vertebral) e por três membranas de tecido conjuntivo, as meninges (dura máter, pia máter e aracnoide). Entre elas há um líquido, o líquido cefalorraquidiano, que ajuda a nutrir o sistema nervoso e o protege contra choques mecânicos.
Algumas bactérias e vírus podem atacar as meninges, provocando febre, dor de cabeça muito forte e uma rigidez na musculatura da nuca que impede a pessoa a encostar o queixo no peito: é a meningite. Como a infecção pode se espalhar pelo sistema nervoso, é necessário pronto atendimento médico.

O ENCÉFALO
A visão não depende apenas dos olhos. Para que possamos ver alguma coisa é preciso que os impulsos nervosos cheguem até o cérebro, uma parte do encéfalo.
Mémória, emoções, sede, fome, linguagem, consciência, inteligência, controle sobre boa parte do que fazemos - tudo isso também depende do encéfalo, uma massa cinzenta dentro do crânio.
No encéfalo há várias regiões: cérebro, cerebelo, ponte, tálamo, hipotálamo e bulbo. Essas regiões não estão isoladas entre si - pelo contrário, muitas funções dependem do trabalho conjunto de mais de uma delas. Algumas regiões, porém, tem um controle maior sobre determinadas funções.
